domingo, 7 de novembro de 2010

124º - E AGORA PAES, FAZ OU NÃO FAZ?




SE EM OUTRAS COMUNIDADES PODE, AQUI TAMBEM PODE!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ENGENHEIRO BURRO DA PREFEITURA




A PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO MANDA UM ENGENHEIRO TIRAR UMA GRADE DE UMA CASA GERMINADA COM UMA RETRO ESCAVADEIRA.
BURRICE OU CORVARDIA??????

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

121º ANISTIA INTERNACIONAL NA ESTRADINHA

CAMINHAMOS MUITO, MAS FOI MUITO BOM

120º - CAMINHADA NA ESTRADINHA COM A DEFENSORIA E O PESSOAL DA ANISTIA INTERNACIONAL

FOI MUITO BOM TE-LOS CONOSCO.

119º -ANISTIA INTERNACIONAL

   ANISTIA INTERNACIONAL  E DEFENSORES TOMANDO CAFÉ ANTES DA CAMINHADA PELA ESTRADINHA

terça-feira, 28 de setembro de 2010

117º- IRMÃ FATIMA E NESTOR BORDINI

AMIGO DE CONFIANÇA.  PARA DEPUTADO ESTADUAL NESTOR BORDINI 11206

sábado, 28 de agosto de 2010

91º - QUE O MUNDO NOS OLHEM E TENHAM PENA DE NÓS.





TANTA DESTRUIÇÃO NUMA COMUNIDADE INDEFESA
E ATACADA PELA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO.
É  MUITO TRISTE!  PEDIMOS SOCORRO!!!
QUE TODOS NOS OLHEM COM OS OLHOS DO CORAÇÃO .

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

89º - VÃO QUEBRAR A CASA DA MÃE DO PAESSSSSS, POIS EU NÃO VENDI NADA!!




CADÊ O WAGNER MONTE QUE NÃO ATENDEU A ESSE APELO DA MORADORA DA ESTRADINHA!!

88º - AS MARETAS ECOAMMMMMMMM

87º - OS TABAJARAS ESTAM EM GUERRA: TRISTES, MAS NÃO DESTRUIDOS!!

86º - QUEREMOS NOSSA PAZ RESTAURADA SEM PAES

85º - NÃO PARECE A MINHA ESTRADINHA... LINDA IMAGEM DA TRISTE REALIDADE

Batalha dos Tabajaras: primeira vitória
BY ADMIN – 24/08/2010
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Pelo Coletivo aCidade
Para saber mais sobre o tema, leia A batalha dos Tabajaras, na revista virtual Outras Palavras
No último dia 10 de agosto, o Poder Judiciário atendeu a solicitação da defensoria pública do Rio de Janeiro e determinou a suspensão imediata das demolições na Ladeira dos Tabajaras, bem como a remoção dos entulhos que atrapalham o cotidiano dos moradores. Veja a seguir nota da defensoria sobre o assunto e assista ao vídeo, produzido pelo coletivo aCidade:

85º TABAJARAS É MEU LUGAR

defensores públicos Maria Lucia de Pontes e Alexandre Mendes foram imediatamente para o local para mediarem o conflito instaurado, buscando diálogo com as autoridades presentes, sendo certo que, somente após duas horas de negociação, o Município interrompeu o procedimento demolitório.

Enquanto isso, as defensoras públicas Adriana Britto e Roberta Fraenkel despacharam com o juízo da 2ª Vara de Fazenda Pública, solicitando a apreciação imediata da tutela antecipada requerida na Ação Civil Pública, a qual, em um primeiro momento, foi deferida para o caso específico e urgente narrado, determinando-se a suspensão da demolição arbitrária. Logo após, o mesmo juízo determinou a suspensão dos atos demolitórios em toda a comunidade.

Vale esclarecer que a ACP em questão questiona o procedimento de demolição de centenas de casas realizado pela prefeitura na comunidade Ladeira dos Tabajaras, 1014 (Estradinha), o que tem gerado uma série de transtorno aos moradores, como danos em casas geminadas, não recolhimento de entulhos e resíduos de obras, corte no fornecimento de serviços básicos, queda de pedras e riscos de desabamento do material acumulado no local.

Os fatos foram comprovados por relatório assinado por engenheiro sanitarista da FIOCRUZ e por parecer do Sub-Procurador de Direitos Humanos do Ministério Publico Estadual.

Trecho da decisão de antecipação de tutela, na Ação Civil Pública:
“13. O que se espera e impõe é que o Município responsabilize seus agentes por eventuais descuidos, posto que treinados para não serem negligentes, nem arbitrários, se descuidos efetivamente ocorrerem 14. Já quanto ao pedido de retirada do entulho, merecem os moradores que não aderiram ao reassentamento a consideração pública, tocando ao Município o restabelecimento do estado anterior, com presteza, por simples respeito ao direito alheio, sem o que a relação administrador/administrado retornaria à época da suserania ou, pior, do absolutismo, o que seria, além de lamentável, inaceitável. 15. Repete-se que o interesse público, que sempre tem precedência, não estará plenamente protegido se a Pública Administração atuar sem os devidos cuidados. 16. Em razão do exposto, DEFIRO PARCIALMENTE A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, e determino à parte ré que providencie a retirada dos entulhos decorrentes de atos praticados pelo poder público municipal em 05 dias, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00, além de suspensão imediata das demolições na comunidade Ladeira dos Tabajaras n.º 1014 (Estradinha).”

A referida Ação Civil Pública pode ser acompanhada por todos os interessados através do site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (http://www.tjrj.jus.br/), através do número 0251060-74.2010.8.19-0001.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Ascom@dpge.rj.gov.br

83º - PROTESTO DO GRUPO DA RESISTENCIA EM FRENTE AO FORUN

domingo, 22 de agosto de 2010

82º - Reportagem de Sindia Santos (OBRIGADA PELA FORÇA SINDIA)

Pelo Coletivo aCidade




É um bairro em ruínas, feito de escombros de gente e suas histórias. Lugar onde cães e gatos resistem ao abandono e vagam sozinhos e com fome, guardando a entrada de onde viviam com seus donos. Dia após dia a ladeira é apagada por montes de entulhos e pelo som de marretadas que não cessa
Pelas vielas, moradores se lembram de um tempo de começo. Tijolo por tijolo, parede por parede, rua a rua, tudo ali foi construído por eles. A força de inventar um bairro, transmitida por décadas, de morador a morador. E agora o assombro da destruição.
A remoção

A primeira pancada na porta foi violenta. Isabel e sua enteada de 13 anos assustaram-se. Das 450 casas que formavam a Ladeira dos Tabajaras, 85 resistiam ao medo de virar ruínas e entulhos. Ela abriu a porta e policias, acompanhados de funcionários da prefeitura, exigiam a retirada imediata dos móveis e pertences da casa. Era um despejo sem aviso prévio, sem ordem judicial e Isabel estava grávida de sete meses.
Ela sabia que aquele era o começo de uma série de ameaças que terminaria com a casa em escombros, destruída o suficiente para perder a identidade. Casas-fantasmas a assombrar aqueles que insistiam em ficar no bairro.
Sem saber o que fazer, Isabel trancou a casa e foi buscar o marido, José, no trabalho. Quando voltavam, receberam a ligação dos moradores dizendo que naquele instante a prefeitura invadia sua residência.
_ Pegamos um táxi e quando chegamos vimos a porta arrombada e flagramos os policiais remexendo em nossas coisas.
Nem José, nem os moradores conseguiram impedir que portas e janelas fossem arrancadas e as paredes quebradas, ou que abrissem um buraco num dos cômodos do segundo piso, a fim de facilitar a retirada do moveis. Geladeira, fogão, microondas foram parar na rua; as roupinhas do bebê jogadas sobre fezes de cães.
_ Eles chegam quebrando tudo; não perguntam se pode mexer ali, se aquilo vai te prejudicar, mesmo quando há fiação elétrica nas paredes eles quebram. Não isolam as casas geminadas, e se há morador no andar de baixo, eles quebram o de cima. Não respeitam nada, chegam e metem a marreta. Bené, de 78 anos não agüentou ver o bairro que ajudou a levantar sofrer mais aquela violência e passou mal ao final do conflito que se estendeu das 10h30 até às 19h00s.
Do lado de fora da casa, Mariana, de 13 anos, filha do primeiro casamento de José, assistia a madrasta em pânico e o pai desesperado por não ter para onde ir.
_ É assim que nos ameaçam, conta Maria do Carmo que vive nos Tabajaras há 45 anos. Recebo telefonemas dizendo que o nosso tempo acabou. Que vai vir uma escavadeira. Que vai nos tirar de nossas casas e pôr tudo o que é nosso na rua. Não consigo falar mais nada.
Área de rico e não de risco

A história da Ladeira dos Tabajaras remete à história do trajeto que Dom Pedro usava como atalho pra ir do Jardim Botânico à região litorânea. Nessa época o trecho recebia o nome de “Caminho do Boi”; em 1855, passou a ser chamado de “Ladeira do Barroso”, em homenagem a José Martins Barroso, que a transformou numa estrada ligando Copacabana e Botafogo. Foi em 1917, que o caminho passou a ser chamado de Ladeira dos Tabajaras, por conta de índios que, vindos do nordeste, habitavam os morros São João Batista e Saudade, ambos cortados pela ladeira. A comunidade existe desde 1921, os primeiros ocupantes foram 19 famílias de funcionários do cemitério, colocadas ali com o apoio da Santa Casa de Misericórdia.
A moradora mais antiga do bairro hoje é Bené, que vive há mais de meio século na região. Por 35 anos morou no quilometro 668, casa 05, pagando aluguel. Somente com a regularização do processo de reassentamento, que aconteceu em 1988, na gestão do prefeito Saturnino Braga, ela começou a construir a casa no quilometro 1014, onde vive há mais de 20 anos. Esse trecho, que agora é conhecido como “Estradinha 1014” é o foco dos conflitos de remoção na Ladeira dos Tabajaras.
Foi lá que Bené ficou viúva e sozinha criou nove filhos.
_ Todos se formaram, três deles são bacharéis e foram criados aqui. Bené tem orgulho da história que construiu ali, e sem saber, faz justiça ao nome do bairro onde mora. Tabajara é um termo tupi que servia para denominar aqueles com os quais se podia estabelecer relações de reciprocidade ou de guerra, daí a tradução como “cunhado” ou “inimigo”. O termo não classifica uma tribo especifica, mas uma relação de posições assumidas por grupos indígenas. Bené:
_ Ainda não tremi, estou firme, com fé em Deus porque o resto é balela. Vim de uma raça forte.
A primeira ameaça de remoção ao bairro dos Tabajaras aconteceu em 1996, depois de uma denúncia de invasão do cemitério, que foi esclarecida com a documentação do reassentamento. A segunda ameaça surgiu com o governo de César Maia, em 2007 e mais uma vez, o laudo de 1988 serviu para comprovar que a área não apresentava risco para moradia e impediu os planos de remover a comunidade, que acabou sendo incluída no programa de urbanização “Favela-bairro”.
Em outubro de 2009, teve início um censo com a promessa de melhorias para o morro. Em abril de 2010, pouco antes das chuvas, a Secretária Municipal de Habitação (SMH), em reunião com a comunidade, anunciou que os moradores teriam de deixar o bairro sob a acusação de invasão publica e ocupação de área de risco. Em contrapartida apresentou propostas de indenização, compra assistida e ingresso no projeto “Minha casa minha vida”.
Nenhuma casa foi derrubada com as chuvas e mesmo assim a remoção foi posta em prática com ferocidade. Nenhum outro bairro do Rio sofreu tamanha investida como a Ladeira. No mesmo mês, a Fundação de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Georio) declarou possuir um laudo geral de 12 páginas atestando o risco. Morador algum viu sequer um técnico ir ao bairro fazer vistoria. O laudo foi questionado pelo corpo de assessores técnicos do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública. Diferentemente da administração municipal, os engenheiros da defensoria fizeram um estudo aprofundado de campo, concluindo que somente duas casas merecem atenção no que se refere à redução dos riscos de escorregamento e que os custos associados às obras de contenção e drenagem são muito inferiores as obras de remoção. Até porque as remoções implicam em custos sociais, afetivos e emocionais que nunca poderão ser mensurados.
_ O engenheiro disse que o nosso maior problema é que moramos numa área de rico e não de risco. Conta Dejanira, que há 25 anos vive nos Tabajaras.
A decisão

No final daquele dramático dia, a justiça expediu um liminar, dizendo que a ação da policia e da prefeitura era ilegal. Mas mesmo assim, José não tinha para onde ir. Suas roupas haviam sumido, seus móveis e pertences apreendidos e levados para um depósito que ele não sabia onde era; sua casa violada, já não o podia proteger do tempo, era lugar vazio, cheio de buracos.

Três dias depois, dormindo no que restava da residência, sobre um colchão emprestado pelos vizinhos, José e Isabel receberam a noticia de uma decisão judicial que interrompia a demolição de sua casa e de todo o bairro. A decisão determinava pena de multa diária de 20 mil à prefeitura em caso de descumprimento. E mandava ainda que a prefeitura retirasse em cinco dias os entulhos acumulados nas ruas que obstruíam as vias de acesso e escadarias.
Mas batalha ainda não terminou, a região vale muito dinheiro e com a perspectiva da Copa, Olimpíadas e outros eventos, novas e violentas investidas são esperadas. A guerra dos Tabajaras ainda não terminou.

81 - MENINOS BONS

MORADORES DA ESTRADINHA  CONVIDAM TRABALHADORES QUE QUEBRAM SUAS CASAS PARA SEU CAFE DA MANHA.

80 - MENINOS

79 - UUUUUUUUUUUUUUUU

78 - AMIGOS DE LUTA

77 - DONA JOSEFA

76 - AMIGOS DA RESISTENCIA

75 - PADRE LUIZ ANTONIO, SR. SEVERINO E MARCELO

74- NOSSOS VISITANTES

Padre Luiz Antonio, sr. Severino, Nestor Bordini Zezinho

73; GRUPO DA RESISTENCIA

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

66º - TABAJARA É MEU LUGAR


 TABAJARA É MEU LUGAR
ESTRADINHAAAAAAAAAAAA
PARABÉNSSSSSSSSS

O que se espera e impõe é que o Município responsabilize seus agentes por eventuais descuidos, posto que treinados para não serem negligentes, nem arbitrários, se descuidos efetivamente ocorrerem 14. Já quanto ao pedido de retirada do entulho, merecem os moradores que não aderiram ao reassentamento a consideração pública, tocando ao Município o restabelecimento do estado anterior, com presteza, por simples respeito ao direito alheio, sem o que a relação administrador/administrado retornaria à época da suserania ou, pior, do absolutismo, o que seria, além de lamentável, inaceitável. 15. Repete-se que o interesse público, que sempre tem precedência, não estará plenamente protegido se a Pública Administração atuar sem os devidos cuidados. 16. Em razão do exposto, DEFIRO PARCIALMENTE A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, e determino à parte ré que providencie a retirada dos entulhos decorrentes de atos praticados pelo poder público municipal em 05 dias, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 , além de suspensão imediata das demolições na comunidade Ladeira dos Tabajaras n.º 1014 (Estradinha). 17. Notifique-se o réu para que apresente defesa prévia, nos termos do art. 17, §7º, da Lei 8429/92. Após, voltem conclusos, conforme art. 17, §8º, do mesmo diploma legal. Oficie-se e I-se. 





http://srv85.tjrj.jus.br/consultaProcessoWebV2/consultaProc.do?v=2&numProcesso=2010.001.226909-0&FLAGNOME=S&tipoConsulta=publica&back=1&PORTAL=1&v=2


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

65º - Defensoria entra na justiça para retirada dos entulhos.


Defensores entram na justiça defendendo a comunidade.
Obrigada doutores pela força e pela dignidade.

63º - MURAL DO HORROR.


ISTO É UMA VERGONHA PARA O BRASIL.

62º - TABAJARA É MEU LUGAR


MORADORES FAZ UM MURAL MOSTRANDO AS FOTOS COM AS DEMOLIÇÕES FEITA PELA PREFEITURA.

61º - PREFEITO O ENTULHO É SEU.


ESTRADINHA FAZ PROTESTO ENFRENTE AO FORUN E LEVA ENTULHO COLOCADO PELA PREFEITURA EM SUAS MORADIAS.

domingo, 8 de agosto de 2010

60º - Belo meu amigo obrigada por sua visita


Belo  é um amigo que nos visitou, e ficou horrorizado com a destruição feita pelo Eduardo Paes.

domingo, 1 de agosto de 2010

58º - Morador Preocupado para não danificarem sua casa


Morador que tem sua casa germinada com outra que foi vendida para prefeitura, escreve na parede um alerta: PAREDE GERMINADA FAVOR NÃO QUEBRAR.

sábado, 31 de julho de 2010

RESISTÊNCIA CONTRA A REMOÇÃO NO MORRO DOS TABAJARAS CONTINUA
Por Eduardo Sá, 31.07.2010





Ao centro Reinaldo Reis, presidente da Associação de Moradores do Morro dos Tabajaras, na assembleia com os moradores da Estadinha. Foto: Alexandre Magalhães.
Moradores da Estradinha, trecho do Morro dos Tabajaras, na zona sul do Rio, continuam resistindo à remoção de suas moradias desde o decreto da prefeitura que condenou a região como área de risco após as chuvas que abalaram a cidade no início de abril. Veja aqui a reportagem completa realizada pelo Fazendo Media sobre a situação.
No dia 17 de julho foi realizada mais uma assembleia reunindo os moradores da comunidade e a associação de moradores local com a pastoral de favelas, lideranças de outras comunidades que estão passando pelo mesmo problema, a defensoria pública e um corpo técnico que contesta o laudo da Geo Rio, empresa vinculada à Secretaria de Obras. O propósito da reunião foi avaliar se os moradores vão entrar com uma ação para que cesse o processo de remoção na comunidade, ou somente exijam a retirada dos entulhos.
A maioria, dentre os cerca de 50 moradores presentes, deu seus depoimentos sobre o que está ocorrendo na região e discutiu possíveis soluções para a mobilização daqueles que não querem abandonar suas casas. A principal reclamação apontada na fala dos moradores é o entulho, espalhado pelas ruas há mais de dois meses, das casas que estão sendo quebradas após as compras realizadas pela prefeitura.
“Pessoas estão vendendo suas casas pelo desespero”, disse um morador, enquanto outro destacou que pessoas trabalharam a vida toda e investiram em suas casas para ter uma moradia digna e agora estão sendo obrigados a abandoná-las.
Alguns se queixaram de que algumas casas coladas às que estão sendo vendidas – ou juntas, por terem quartos alugados, o que é comum em comunidades – ficaram prejudicadas com a demolição. Outros relataram casos de pessoas que saíram de suas moradias e não tiveram ainda solução por parte da prefeitura. A falta de divulgação na mídia, apesar de vários veículos terem sido solicitados pelos moradores, resultou na criação de um blog (veja aquihttp://wwwestradinha1014.blogspot.com/ ) para divulgar o que está ocorrendo.
O presidente da Associação de Moradores do Tabajaras, Reinaldo Reis, disse que está mais difícil de trazer os serviços para a comunidade e a comparou com o Haiti devido o abandono. Reinaldo se reuniu com os secretários municipais de habitação e assistência social no dia 20 de junho, e disse que depois tiveram decretos informando que se os moradores não se retirassem das suas casas até o dia 15 de julho não receberiam os 40% a mais no valor do imóvel que a prefeitura estava oferecendo.

Cícero Souza com sua família, num cômodo alugado onde praticamente só cabe uma beliche para morar com sua mulher e dois filhos. Foto: Eduardo Sá/Fazendo Media.
“Acreditamos que 100 famílias estão resistindo, já quebraram mais do que a metade. E a comunidade hoje está um deserto, você passa por ela e vê só ruína. A gente está comparando o Tabajaras com o Haiti, quando teve aquele terremoto ficaram várias construções demolidas, entulho pelo meio da rua, cheia de ratos, cobra, aranha, e todo tipo de sujeira”, comparou Reis.
A Pastoral de Favelas tem acompanhado o processo. Segundo Nestor Bordini, integrante da entidade e também morador do Morro dos Prazeres, as comunidades decretadas para remoção estão sem assistência de qualquer órgão do governo.
“Na Estradinha é uma situação diferente de outras comunidades, porque as casas não foram interditadas, o prefeito entrou com a situação de remoção para poder cumprir o projeto dele. Tanto o coletivo técnico quanto o engenheiro da FioCruz que veio para dar o laudo, identificam que aqui não tem risco nas encostas: o problema é a área, que é de rico”, observou Bordini.
Uma das moradoras contou a sua situação, cuja casa em que mora é dividida ao meio com o proprietário que alugava o espaço para a sua família e agora sofre com a possibilidade de demolição.
“Se quebrar a casa dele a minha vai para o chão. Não tem como, eu vou ser obrigada a negociar. A gente queria que mesmo que eles quebrassem o que eles compraram, desligassem primeiro a luz, a água e o esgoto, porque quebra e a gente fica sem nada. A água ficou um tempo sem, quatro dias, e voltou precariamente. O esgoto está na rua quebrado, disseram que vai ficar assim e pronto. A prefeitura (funcionários que estão na comunidade) diz que vai tirar a luz porque é tudo gato, mas nós temos conta de luz”, disse uma das moradoras durante a assembleia.
O caso mais dramático apresentado durante a reunião foi o de Cícero Souza da Silva, de 36 anos, que trabalha como auxiliar de portaria, e tem um filho de 4 anos e uma filha de 11 para criar. Ele mora há um ano de aluguel na Estradinha, passou 4 anos juntando dinheiro para comprar uma casa. Com o documento da compra do imóvel, avaliado em R$ 6 mil, que fica no segundo andar de uma casa que foi vendida, Cícero diz que a prefeitura não vai indenizá-lo porque a casa ainda está destelhada.

Cícero com sua mulher e o documento que comprova a compra da casa que a prefeitura quer destruir sem indenizá-lo antes dele sequer ocupá-la. Foto: Eduardo Sá/Fazendo Media.
“Eu fiquei um tempo juntando dinheiro, quando eu completei 6 mil eu procurei uma laje para eu comprar. Agora não tem como eu continuar a pagar o aluguel, na minha casa só está faltando cobrir e botar a porta. Fui na prefeitura duas vezes, e eles me alegaram que não vão me indenizar porque a casa não está coberta. Eu tenho dois filhos para criar, gastamos 6 mil só na laje, mas ainda tem os gastos com o material e os pedreiros. Ao todo dá perto de 10 mil meus gastos. Não terminei de construir porque eles falaram que não podia dar continuação à obra. A casa de baixo a proprietária ficou com medo e vendeu e a gente tinha comprado o andar de cima. O que a gente está querendo é cobri-la e entrar na casa”, explicou Cícero.
De acordo com a Irmã Fátima, pastora da Assembleia de Deus, única igreja da Estradinha, onde ocorreu a assembleia, as demolições estão danificando outras casas, acumulando a sujeira e prejudicando a estrutura da comunidade.
“Estamos vivendo sob pressão, porque a prefeitura além de estar comprando as casas está destruindo uma moradia e danificando outras: são casas germinadas, às vezes com a mesma laje, forçando a retirada dos moradores. Estão deixando os entulhos nas calhas de água, impedindo a sua circulação. Estamos vivendo com ratos e muito lixo, porque os moradores estão deixando os móveis para trás. A prefeitura ao quebrar uma casa deixa os fios desencapados, já teve crianças e adultos que levaram choques. A luz está ficando com as suas instalações elétricas danificadas, deixando moradores sem luz. Nós não somos invasores, fomos assentados aqui. Aqui é um local seguro, nunca caiu residência nenhuma ”, denuncia irmã Fátima.
Em relação às questões jurídicas, Maria Lúcia Pontes, do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Rio, esclareceu aos moradores que qualquer ação movida contra a prefeitura deve partir de uma iniciativa coletiva, segundo as necessidades dos moradores e dividindo a responsabilidade do que pode ocorrer posteriormente. Ela explicou também que o centro do problema foi o primeiro morador ter vendido sua casa dando brecha às outras vendas.
“É importante que vocês assumam o papel de agentes principais dessa luta. Depois que todos falaram, uma senhora colocou: vamos fazer uma abaixo assinado. Ou seja, as respostas estão com vocês, mas vocês precisam dar o primeiro passo. E isso é difícil, porque assumir o risco da nossa vida é muito difícil, é mais fácil botar a culpa no outro, na associação, defensoria, nos técnicos. Vão passar a vida inteira deixando o município jogando vocês daqui para lá? Se aqui já foi fruto de reassentamento, até quando vocês vão ficar esperando o outro resolver a vida de vocês? Eles negociam a vida de vocês, a prefeitura não pode comprar a sua casa, ela não é uma pessoa privada, isso é ilegal. A gente vai para a justiça numa estratégia de defesa, mas a defesa é feita no dia a dia. Na Via Parque eles ganharam a ação 12 anos depois, quando a comunidade não existia mais. O processo judicial não garante muita coisa, a gente entende que é parte da luta”, explicou a defensora.
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Nota da redação: A Secretaria Municipal de Habitação não respondeu às perguntas encaminhadas, após mais de dez dias em contato. Seguem as perguntas solicitadas para o órgão que está gerindo as remoções no local:
Bom dia,
acompanhei uma assembleia realizada no sábado (17) à noite, na Estradinha, Morro dos Tabajaras, em que os moradores apontaram algumas dificuldades que estão passando desde as chuvas no início de abril.
Gostaria de algumas informações sobre o processo de remoção na região:
Por que, diferentemente de outras regiões, na Estradinha as casas não receberam autos de interdição e a negociação foi feita diretamente com os moradores?

Segundo a liderança local e moradores, houve uma reunião com os secretários de habitação e assistência social no dia 20 de junho. Depois houve um decreto dizendo que quem não vendesse a casa até o dia 15 de julho não receberia 40% a mais sobre o preço da moradia. Por que a prefeitura está pagando esse valor e o que ficou definido na reunião?
Moradores reclamam que estão ficando sem luz e água, além do esgoto que fica à vista, por causa das casas que estão sendo quebradas. O que a secretaria tem a dizer sobre isso?

Há previsão da retirada dos entulhos das casas que estão sendo quebradas assim que vendidas?
Em números, quantas casas na comunidade foram vendidas? Quantas faltam? E quanto foi gasto até o momento?
Em caso de moradias danificadas por estarem coladas às destruídas, e alugadas no andar de cima da casa vendida, qual o procedimento que está sendo realizado?

Por fim, gostaria de uma declaração do secretário sobre a remoção dessa comunidade, levando em consideração que a defensoria pública e a pastoral de favelas estão atuando na região, além de um corpo técnico de engenharia que contestou o laudo da Geo Rio que condenou a comunidade.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

56º- BOMBEIRO CAPTURA COBRA NA ESTRADINHA


DEPOIS DE TANTA DESTRUIÇÃO AGORA SOMOS AMEAÇADOS POR COBRAS.

54º - DESTRUIÇÃO TOTAL NA ESTRADINHA


DESTRUIÇÃO É O QUE O PREFEITO DEIXOU NA ESTRADINHA.
VIVEMOS NO MEIO DOS ENTULHOS , ESTAMOS  VIVENDO COMO BICHOS, E TRATADOS COMO TAIS.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

52º - COBRA PROCURA ALIMENTO NOS ESCOMBRO NA ESTRADINHA



É MAIS FÁCIL CONVIVERMOS COM ESTE INVASOR DO QUE CONVIVERMOS COM O SR. EDUARDO PAES.  FORA COBRA VENENOSA O POVO VOTOU EM VOCÊ E AGORA VOCÊ VEIO DE MANSINHO QUERENDO NOS DEVORAR, FORA ,SAI PAES NUNCA MAIS.

51º NOVOS PROPRIETÁRIO ENVADEM A ESTRADINHA.

cobras invadem a estradinha e ocupam a residências desocupadas pela prefeitura do Eduardo Paes.
Eduardo Paes entrega a estradinha aos ratos mosquitos e cobras.

domingo, 18 de julho de 2010

50º- PREFEITURA DESTROI CASAS NA ESTRADINHA

PREFEITURA DESTROI CASAS E NÃO SE IMPORTAM COM A SEGURANÇA DA COMUNIDADE.

49º -ENORMES PEDAÇOS DE PAREDES CAIM NAS RUAS DA COMUNIDADE

PREFEITURA RELAXADA QUASE MATA MORADOR QUANDO  DEIXOU CAIR PEDAÇO DE PAREDE NA RUA PRINCIPAL DA COMUNIDADE.

48º - PREFEITURA RELAXADA

PREFEITURA DESTROI CASAS NA ESTRADINHA.... ATÉ PARA DESTRUIR ELES SÃO RELAXADOS. DESTROI E DEIXA OS ENTULHOS PARA TRAS.

47º - MORADOR FAZ PLACA

Moradores faz placa informando a prefeitura para não destruir parte de sua propriedade, pois ela não vendeu sua residencia.

46º - MORADORES DA ESTRADINHA DIZ NÃO A REMOÇÃO

Moradores da Estradinha lutam para não sairem de suas casas.